Катастрофа

     "Катастрофа", "Katastrofa", catastrofe. Uma catástrofe se caracteriza por qualquer evento cataclismíco de destruição em massa, seja de cidades, vilarejos, bairros inteiros, florestas, onde haja determinado número de casualidades humanas. Uma "catástrofe", comum ao cotidiano, são os eventos naturais da Terra e do clima: tsunamis, terremotos em larga escala, a explosão de Chernobyl, furacões, os macacos do BLM destruindo, roubando, matando e depredando tudo o que vier pelo caminho em prol da "igualdade". O evento é comumente seguido pelo desastre, se não for ocorrer ao mesmo tempo que. No entanto, as catástrofes são em maior escala, coisas que praticamente o mundo todo fica sabendo, enquanto o desastre são eventos quase que isolados, se parar pra analisar a lógica de ambos.
    Um prédio desabando, com gente dentro? Desastre. O prédio foi derrubado por um ataque de mísseis israelitas, que atingiram várias outras regiões ao redor do prédio, matando mais gente inocente, erradicando todo sinal de vida nos arredores, enquanto um bando de desgraçados fica comemorando a morte de inocentes sentados em cadeiras de praia, alojados numa colina, com suas narebas imundas apontadas pra cima? Catástrofe.
    A nuance de eventos assim costuma vir da opinião mundana, de gente ridícula que gosta de tirar sua atenção dos fatos que realmente importam. Alguns anos atrás, se não me falha a memória, ocorreram uns incêndios, eu acho, nos EUA. Não me lembro direito do que foi, mas aconteceu na mesma época do "desastre de Brumadinho". Ao mesmo tempo em que havia pessoas com sincera preocupação e tristeza ante tantas desgraças, fossem naturais, fossem criminosas e oriundas do desleixo absoluto de empresas ou pessoas responsávels por si só, havia também a cota de gente nojenta, cretina e boçal, que ria da desgraça de uns (no caso, dos americanos), e ficava tentando relativizar a desgraça e as mortes, pra validar uma opinião ridícula. "Ah, mas vocês estão preocupados com algo que nem é no país de vocês! Aqui tem mais desgraça, tem mais gente morrendo, aqui é pior!", esse tipo de mentalidade mesquinha e repugnante é encontrada, na maioria gritante das vezes, em estudantes de humanas ("ciências" sociais, no pior dos casos), o cara que acredita piamente num Estado gigante e que acha que mais imposto é a solução pros problemas da vida, que mama cinco garrafas de leite de soja. Ou naquela garota retardada, engajada em lúxuria imunda e comportamento vulgar, que acredita que ir em festinha rave, encher a cara de bebidas e drogas, mamar cinco rolas e repetir "namastê" vai levar ela a uma sociedade matriarcal perfeita que trata homens como lixo (se é que a sociedade atual já não faz algo do tipo, mas não é esse o assunto). O simples fato de que esses dois acima, citados de forma esteriotipada, mas precisa (embora haja outros tipos), adoram relativizar desgraças e desastres, apenas pra saciar a necessidade de atenção que o ego inflado de serem "engajados pelo bem da sociedade" (ou assim acreditam), só reforça o fato de que a internet deveria ser entregue pra quem merece.
    Todavia, isso reflete um comportamento pior, quase de multidão, de gente que infelizmente acaba concordando com eles. E isso me choca, mas me deixa muito mais puto do que qualquer outra coisa: o fato de que há pessoas que acham correto desmerecer a desgraça de uns, em favor de outros, por causa de ideologia. "Ah, se você for estuprada vai entender o movimento feminista!", mas quando uma garota é abusada, ou violentada, cadê as "manas" pra apoiar? Não, usam a garota como um mártir e números de estatística, nada de apoio psicológico ou prenderem o vagabundo. E se for com homem, "ah, ele gostou! Homem não pode ser estuprado, isso é ilusão, mulher não tem força pra isso!", e aquela cadela da Cardi B que dopou um cara com bebida e remédio pra estuprar ele? É "caso isolado"?
    Saco, eu fugi do assunto. Mas foda-se, ainda está dentro dos conformes: a catástrofe. A palavra pode muito bem ser aplicada, como uma hipérbole, um exagero, à coisas pequenas. Comprou a tinta errada pra pintar o quarto? Catástrofe. Queimou o feijão? Catástrofe. O gato cagou na roupa recém lavada? Catástrofe (falo por experiência própria, já aconteceu comigo). Pessoas começam a ter comportamentos horríveis apenas pra se sentirem bem? Catástrofe. Pensar que, antigamente, a prudência, o pudor e a disciplina eram tão valorizadas, faz com que essa "revolução" imunda que se seguiu nos últimos anos seja vista como uma catástrofe social. Valorizar relacionamentos abusivos e tóxicos, unicamente porque alguma cretina resolveu romantizar o caso numa fanfic mal feita, ou um seriado na Netflix passou a idolatrar isso como bonito, é uma catástrofe à qualquer um que seja romântico de corpo e alma e seja bondoso.
    No entanto, eu acho, que a pior catástrofe que já ocorreu foi eu ter comprado sardinha. Sabor desagradável, cheio de ossinhos, um saco. Não recomendo, nem pra ensopado. Se puder, compre tilápia.