Idas e vindas, lá e de volta outra vez

     Meses. Passo meses sem fazer uma adição nova, uma publicação, mas eu não me importo.
Tenho vida fora desse computador, fora desse blog, e no geral, eu dito minha vida como acho melhor. Não devo satisfações à ninguém além de mim mesmo, afinal.
    Mas, seja como for, gosto de escrever, e acabo voltando pra cá todas as vezes. E eu creio que, depois de terminar as publicações iniciais disso aqui, eu venha a fazer algumas crônicas, baseadas em dias específicos e fora do ordinário comum. Não uso a palavra "extraordinário" porque não quero usar ela levianamente, de forma corriqueira ou besta. Se uso uma palavra, tem de valer a pena, tem de ter um motivo.
    O que acontece é que o meu laptop é uma batata. No sentido metafórico da coisa, por favor. Estamos em 2021 já, eu detestaria ter de explicar o sentido de uma metáfora, que dirá então uma alegoria, e sabendo que 90% da população brasileira é analfabeta em algum aspecto, ou simplesmente obtusa de dar náuseas, eu me questiono se vale o esforço escrever dessa forma mais "intelectual". Acho que vale sim, foda-se, não quero ralé lendo o que eu escrevo e ficando confusa quando poderia muito bem estar estudando.
    Merda, fugi do assunto. Eu ia dizendo, meu laptop é uma batata. Eu preciso formatar essa joça quase sempre, e em janeiro eu já "bootei" essa porcaria pelo menos umas 3 vezes, no mínimo. Eu nem posso mais instalar jogos direito, com medo de ser forçado a instalar tudo de novo. E com jogos eu me refiro a material altamente duvidoso de conteúdo adulto que eu acho por aí, ou jogos da Steam os quais eu possuo. Não ligo, oras, eu sou dono de mim mesmo, como eu já disse, não devo satisfações à ninguém. No entanto, eu creio que a culpa de meu laptop ser uma maldita batata seja minha, já que é por minha culpa que o HD original teve de ser trocado. Fazer o quê?
    Enquanto eu passava meu tempo jogando e trabalhando em meus textos, em meus livros, eu acabei passando mais tempo, também, no Discord. Aquele sistema de chat em grupo, sabe? Eu nem sei se dá pra chamar de "mídia social", já que o Discord não é uma doença como Instagram, um puteiro vulgar e lgbfrênico como Twitter, ou uma Gulag ideológica como Facebook. "Plataforma", acho que é assim que chamam o Discord. Foda-se, não importa.
    Minha idéia (com acentuação sim, pau no cu da nova "reforma ortográfica", coisa daquele macaco imundo do Paulo Freire) de trabalho de canecas customizadas foi pelo ralo. Uma impressora de papel de estampa custa mil e trezentos reais, mais cento e vinte as tintas, mais duzentos as canecas por atacado de cerâmica, mais as folhas (que eu presumo serem na base dos dez reais, pechincha). Meu orçamento atual não me permite uma coisa dessas. Acaba que eu consegui dinheiro da única mulher que me ama no mundo, minha tia, pra comprar uma bike, uma mochila térmica (bag é o cacete), e todo o aparato necessário pra fazer entregas de apps de entrega de comida. Sim, virei delivery boy. Não ligo. Eu tava precisando emagrecer mesmo, e ganhar uma grana rápida e perder peso nada mais é que uma analogia simplória de comparação à frase "unir o útil ao agradável". Nada mais legal do que descer em alta velocidade uma rua íngreme e deixar a velocidade tomar conta enquanto o vento frio acerta seu rosto quente e suado de um dia de pedalada. É uma sensação, de fato, agradável. Melhor deixar minha vida de sedentário pra trás, daqui em diante.
    E, na sexta-feira passada, eu fiz uma boa ação. Eu acho que dá pra chamar assim. Dei um alfajor de chocolate pra moça da lotérica que fez o depósito que eu tinha de fazer pra um cara me enviar as cinco cartas restantes que consegui numa troca. Ela gostou, ao menos isso.
    Em breve, eu creio que vou postar alguma coisa a mais. Sei lá. Faço o que eu quero da minha vida.

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